Tesouro IPCA – O Título Mais Interessante do Tesouro Direto

O Tesouro IPCA certamente é o título mais interessante do Tesouro Direto, com ele é possível obter rentabilidade real acima da inflação e manter o poder de compra do investidor ao longo do prazo do investimento.

O que é o Tesouro IPCA?

O Tesouro IPCA é um título de renda fixa atrelado à inflação (atrelado ao IPCA) e que ao mesmo tempo, garante uma rentabilidade acrescida de uma taxa de juros fixa para aquele investidor que leva-lo até o vencimento.

No vencimento, o investidor recebe a correção pelo IPCA (inflação) sobre o valor aplicado e mais (+) uma taxa contratada no momento da compra do título, daí o nome Tesouro IPCA+.

Em outras palavras, esse título acompanha a inflação e ainda recebe uma taxa fixa adicional que é definida no momento da compra, sendo conhecido por muitos como um título misto (pós fixado e ao mesmo tempo prefixado).

Seu antigo nome (NTN-B Principal) pouco explicava sobre suas características, já que Notas do Tesouro Nacional Série B Principal em nada traduz o seu mecanismo de funcionamento, mas por outro lado, a nomenclatura Tesouro IPCA+ permite a sua imediata compreensão.

Esse título tem parte de sua rentabilização atrelada à inflação (pós fixado) e ao mesmo tempo tem parte de sua rentabilização pré definida por uma taxa fixa (prefixado), garantindo ao investidor a chamada Rentabilidade Real (acima da inflação).

Por conta de sua rentabilidade real, o Tesouro IPCA+ também garante o poder de compra do investidor, pois o protege contra as flutuações do IPCA ao longo do investimento.

Seu fluxo de pagamento é simples, isto é, o investidor recebe de uma só vez o valor que investiu e mais a sua rentabilidade, seja na data de vencimento do título, seja na data de eventual resgate antecipado.

Desde já, fica a recomendação de que é lucrativo investir-se em um ativo atrelado à inflação, principalmente em um país como o Brasil.

O Brasil possui uma das mais altas taxas de inflação do mundo, de modo que torna-se muito interessante e até mesmo recomendável que haja uma proteção contra os efeitos negativos desse fenômeno econômico.

A inflação pode ser definida como sendo o aumento generalizado e constante de preços no mercado, podendo ser causada quando existe um excesso de moeda em circulação (o dinheiro perde o seu valor), bem como quando existe um aumento do consumo (já que quanto maior a procura por bens de consumo, maior o seu preço).

Sendo assim, recomenda-se fortemente o investimento em títulos como o Tesouro IPCA+, devendo o investidor estar sempre atento aos seus prazos e a vinculação com os seus objetivos financeiros.

Como já mencionado, desde o momento da compra, o Tesouro IPCA+ é indexado ao índice inflacionário, fazendo com que o valor aplicado seja reajustado pela inflação, pouco importando qual seja a sua variação.

No ano de 2015 a inflação atingiu a casa de 10,67% ao ano, sendo que aqueles investidores que possuíam algum valor investido no Tesouro IPCA+ tiveram os seus títulos reajustados (protegidos) exatamente em 10,67%.

Além desta excelente característica, esse título também proporciona ao investidor um ganho decorrente de uma taxa fixa (determinada no momento de compra), que rentabilizará um ganho real (acima da inflação), sendo que esta correção pelo IPCA incide sobre o valor total aplicado no título.

No mesmo sentido, essa taxa fixa incide sobre aquele valor reajustado pela inflação, acarretando em um grande benefício para o investidor, que é o ganho de juros sobre juros.

Outra grande vantagem do Tesouro IPCA+ é a diversidade nos prazos dos títulos ofertados, possuindo vencimentos de 5, 10, 15 e até 20 anos.

O que é o IPCA+

O que é o IPCA

O IPCA é a sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo e se traduz no índice oficial do Brasil que mensura a inflação do país. Esse trabalho fica a cargo do IBGE, que realiza a mensuração do índice todos os meses.

O IPCA foi criado com a finalidade de fornecer ao consumidor final a variação de preços no comércio.

Rentabilização do Tesouro IPCA+

Inicialmente, é necessário diferenciar-se os conceitos de rentabilidade real e rentabilidade nominal. A rentabilidade real é aquela obtida acima da inflação. Já a rentabilidade nominal é aquela que não considera a perda gerada pela inflação.

No caso da rentabilidade nominal, o investidor enxerga os números de sua aplicação crescendo, mas esse crescimento não acompanha a perda do valor de compra da moeda gerado pela inflação.

No ano de 2015, quando inflação bateu na casa de 10,67% ao ano, muitos investidores que possuíam quantias aplicadas na caderneta de poupança acabaram arcando com uma perda significativa do seu poder aquisitivo.

Naquele período, a caderneta de poupança rentabilizava 0,5% ao mês e mais a TR (Taxa Referencial), de modo que a inflação na casa dos 10,67% ao ano fez com que a rentabilidade real destes investimentos ficasse negativa, muito embora os investidores visualizassem o aumento nominal de 0,5% ao mês mais a TR em suas aplicações.

No Tesouro IPCA+ o investidor recebe a variação da inflação entre o período da compra e o vencimento do título, de modo que ele terá garantida a manutenção do poder de compra deste título, fazendo com que a sua taxa prefixada contratada rentabilize um ganho real (acima da inflação).

Vamos então aprender, de forma simples e objetiva, como funciona a rentabilização do Tesouro IPCA+.

Aqui devemos lembrar da maneira como é rentabilizado o Tesouro Prefixado, afinal o Tesouro IPCA+ possui parte de rentabilização predeterminada no momento da compra do título.

Vamos nos valer de um exemplo hipotético para facilitar a explicação.

Ao se adquirir o Tesouro PREFIXADO 2021, você compra um título que será rentabilizado por 12% ao ano, sendo que este título valerá R$ 1.000,00 no ano de 2021, cujo valor de compra é o de R$ 700,00.

No Tesouro IPCA+ a rentabilização é parecida, porém, com uma diferença bastante importante. O valor do título na data de vencimento continua sendo os R$ 1.000,00, sendo que estes R$ 1.000,00 serão corrigidos pelo IPCA (inflação) durante todos os meses da aplicação.

Esse valor R$ 1.000,00, que é corrigido pela inflação, recebe o nome de VNA (Valor Nominal Atualizado).

Ao se adquirir um Tesouro IPCA+ 2045 (vencimento no ano de 2045), o investidor receberá os R$ 1.000,00, corrigidos durante todo o período da aplicação, ou seja, até o ano de 2045 ou até a data do resgate antecipado.

Do mesmo modo que ocorre no Tesouro Prefixado, onde o título é adquirido com um desconto para que o investidor obtenha uma rentabilidade calculada através da taxa de juros prefixada, no Tesouro IPCA+ também haverá a compra de um título com desconto, de modo que esse desconto é calculado em cima da taxa de juros prefixada que é contratada no momento da compra.

Com finalidade de tornarmos esse artigo totalmente completo sobre o assunto, passaremos a abordar uma parte técnica sobre o cálculo deste título, mas não se preocupe, pois você não precisa conhecer esses conceitos para realizar os seus investimentos.

Para calcularmos a rentabilidade do Tesouro IPCA+ são necessários 4 dados:

  • 1º) Último VNA;
  • 2º) Inflação Projetada no Período;

Com estes dois dados é possível encontramos o Valor Nominal Atualizado Projetado (VNAprojetado).

  • 3º) Taxa Contratada;
  • 4º) Número de dias úteis até o vencimento do título.

Com estes dois últimos dados, é possível encontrar a cotação do título.

De posse destes 4 dados, torna-se possível encontrar o Preço Unitário (PU) do Tesouro IPCA+ no momento da venda.

1º) Último Valor Nominal Atualizado (VNA)

Ao contrário do Tesouro Prefixado (LTN), aqui no Tesouro IPCA+ não existe um valor fixo na data de vencimento do título.

Do mesmo modo que no Tesouro Selic, o Valor Nominal Atualizado (VNA) é justamente o valor do título na data de seu vencimento.

No caso do Tesouro IPCA+, o VNA é atualizado (apenas) pelo IPCA e por sua vez, o IPCA é atualizado mensalmente (todo dia 15), portanto entre o dia 15 de um mês e o dia 15 do mês subsequente, é necessário fazer-se a projeção do IPCA para construir-se um VNA Projetado.

2º) Inflação Projetada no Período

É necessário possuir uma projeção da inflação para o período que compreende o dia da divulgação do VNA e o dia da compra do título.

Existem diversos sites que divulgam a projeção do IPCA, as mais famosas são da ANBIMA e o Bacen.

Com estes dois dados (1º e 2º) encontramos a cotação (valor) do título.

3º)Taxa Prefixada Contratada

A taxa prefixada contratada é aquela que o investidor visualiza no momento de compra do Tesouro IPCA+.

A Taxa Prefixada (cotação) é um fator de desconto, que insere o efeito do ganho real (taxa de juros real) e o efeito do tempo no valor do título, sendo muito parecido com o que acontece no Tesouro Prefixado (LTN).

4º) Dias úteis até o vencimento

Os dias úteis até o vencimento podem ser encontrados no site da ANBIMA. Lá existe uma planilha para download contendo todos os feriados até o ano de 2078.

Para o cálculo da rentabilidade do Tesouro IPCA+ é necessário saber a quantidade de dias úteis desde a data da compra do título até a data de vencimento.

Assim, a rentabilidade bruta do Tesouro IPCA+ pode ser definida como sendo a taxa real contratada, multiplicada pelo valor da inflação do período.

Como já mencionamos, não se atente à tais conceitos técnicos, pois a compreensão da rentabilidade do título independe destas terminologias.

Riscos do Tesouro IPCA+

Riscos do Tesouro IPCA+

Embora esse título possua excelentes atributos, o investidor deve sempre estar atento aos riscos que ele pode acarretar, principalmente pelo fato do Tesouro IPCA+ apresentar volatilidade (sobe e desce de seu preço e sua taxa) durante seu prazo de vigência.

1º) Risco de Mercado

Neste título existe o chamado Risco de Mercado que é a possibilidade do investidor perder dinheiro em razão das oscilações do mercado, mas isso somente poderá acontecer nos casos venda antecipada.

Nos resgates antecipados, o Tesouro IPCA+ pode tanto deixar de rentabilizar tudo aquilo que rentabilizaria até o vencimento, quanto pode acarretar um resgate menor do que o valor investido inicialmente (algo bem perigoso), já que ele apresenta volatilidade durante todo o seu prazo.

Lembre-se que a garantia de rentabilidade do Tesouro Direto acontece apenas para aqueles investidores que conseguem carregar os títulos até o vencimento, já que nas hipóteses de venda antecipada os títulos estarão sujeitos ao preço de mercado, podendo acarretar em prejuízos financeiros.

Portanto, antes de comprar o Tesouro IPCA+ tenha a certeza de que ele esteja alinhado com a sua estratégia de investimento, garantindo assim que haja o recebimento do capital investido juntamente com o lucro e os juros compostos do período investido.

2º) Risco de Resgate Antecipado (Risco de Mercado)

No caso do Tesouro IPCA+, quando ocorre uma alta na taxa de rentabilidade dos títulos, os seus respectivos preços de compra diminuirão.

Na situação contrária, isto é, quando ocorre uma queda na taxa de rentabilidade dos títulos, haverá um aumento do preço de compra do título.

Perceba que surgirão riscos de perda para aqueles investidores que realizarem o resgate antecipado no momento de alta das taxas de juros, pois quando os juros aumentam, o preço do Tesouro IPCA+ diminui e isso pode acarretar em prejuízos financeiros.

O inverso também é verdade, ou seja, quando o cenário é de baixa das taxas de juros, o preço do Tesouro IPCA+ aumenta, podendo acarretar em um ganho financeiro.

Sendo assim, quando a taxa de juros do título subir, fazendo com que o preço dos títulos diminua, a melhor opção para o investidor é esperar uma redução dessa

taxa ou carregar o título até o vencimento.

3º) Risco de Reinvestimento

O risco de reinvestimento representa o risco do investidor não conseguir reinvestir o seu dinheiro em um novo título com a mesma taxa que possuía em um título anterior (anteriormente vendido).

Vamos explicar isso com um exemplo hipotético.

O risco de reinvestimento existe para o cenário de redução da taxa de juros dos títulos e, por consequência, com o aumento do preço do título.

Suponha que o investidor adquira um Tesouro IPCA+ com taxa de 8% ao ano, com preço de R$ 2.000,00, cujo vencimento se daria em 2019.

Imagine-se que após um 1 ano da aplicação, a taxa caia para 5% ao ano, e o valor do título aumente para R$ 2.800,00.

Em termos práticos, eventual venda antecipada representaria para o investidor um ganho de rentabilidade acima daqueles 8% ao ano contratados no momento da compra.

Ocorre que, esse ganho acima da taxa de juros contratada decorreu da baixa na taxa de juros (e do aumento no preço dos novos títulos), de modo que o investidor, agora, não encontrará disponível na plataforma do Tesouro Direto outro Tesouro IPCA+ com taxa no patamar dos 8% ao ano, encontrando apenas taxas menores do que essa, o que representa o chamado risco de reinvestimento, não podendo investir em outro título com taxa no percentual de 8%.

Além disso, o investidor também deixará de receber a taxa inicialmente prefixada (8% ao ano) pelo restante do prazo do investimento, que no exemplo, seria até o ano de 2019.

Portanto, o risco de reinvestimento é o risco do investidor não conseguir reinvestir o seu dinheiro em um novo título com a mesma taxa que possuía em um título anteriormente vendido.

Custos do Tesouro do Tesouro IPCA+

Custos do Tesouro do Tesouro IPCA+

Nos investimentos do Tesouro Direto podem incidir 4 diferentes espécies de custos, de modo que 3 deles PODEM não incidir, tudo dependerá da estratégia adotada pelo investidor.

  1. a) Imposto de Renda

Vamos então começar tratando do único custo que obrigatoriamente incidirá, que é o Imposto de Renda sobre o lucro dos investimentos. Esse imposto é cobrado automaticamente ao final do investimento ou quando o investidor realizar o resgate antecipado dos títulos ou mesmo, quando receber os cupons semestrais nos títulos que pagam estes cupons.

O IR incidirá apenas sobre o rendimento resultante dos títulos.

Sua alíquota (percentual) é regressiva, até 180 dias (6 meses) alíquota de 22,5%; de 181 a 360 dias (6 meses a 1 ano) alíquota de 20%; de 361 a 720 dias (1 ano a 2 anos) alíquota de 17,5%; e acima de 720 dias (mais de 2 anos) alíquota de no máximo 15%.

Você pode acompanhar essa cobrança através do extrato disponibilizado no seu Portal do Investidor.

  1. b) IOF

Essa é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras e irá incidir apenas sobre o rendimento dos investimentos que perdurarem por menos de 30 dias, isto é, que perdurarem por até 29 dias. Isso significa que se o investidor mantiver o investimento por 30 dias, não haverá a cobrança deste imposto.

O IOF incidirá apenas sobre o rendimento resultante dos títulos.

Sua alíquota varia de 96% a 3% sobre o valor do rendimento dos títulos, ou seja, a alíquota do IOF varia de 96% para o prazo de 1 dia, até 3% para o prazo de 29 dias. No 30º dia este imposto deixa de ser cobrado.

Por esse motivo, afirmamos que a cobrança do IOF pode não ocorrer, caso o investidor adote uma estratégia que mantenha o título por período superior a 29 dias.

  1. c) Taxa de Administração

A Taxa de Administração é um valor cobrado pelas Corretoras ou pelos bancos que realizam a intermediação de compra e venda dos títulos públicos. Essa taxa pode ser livremente cobrada por essas instituições e, atualmente, varia entre 0% a 2%, ou seja, algumas Corretoras não cobram essa taxa.

Atente-se, pois a Taxa de Administração eventualmente cobrada incide sobre o valor total investido.

Ela é cobrada automaticamente no momento em que o investidor realiza a compra dos títulos e incide sobre o valor de mercado do título (valor do título no momento da compra).

O percentual de 0,1% até 2% (cobrado pela instituição) incide no valor relativo à 1 ano de investimento. Deste modo, essa Taxa de Administração será cobrada novamente após decorrido 1 ano da aplicação realizada, bem como será cobrada na ocorrência de algum dos seguintes eventos:

  • Venda antecipada do título;
  • Vencimento do título;
  • Pagamento do cupom semestral.

Para efetuar o cálculo da Taxa de Administração, deve-se utilizar o valor diário de mercado do título, mas explicaremos melhor essa sistemática no tópico seguinte sobre a Taxa de Custódia da B3, pois a sistemática destas duas taxas é praticamente a mesma.

A única diferença no cálculo da Taxa de Administração e da Taxa de Custódia, é a de que a Taxa de Administração é cobrada automaticamente de maneira antecipada no momento da aplicação e incide sobre o valor de compra do título.

Como pode ser percebido através do site do Tesouro Direto, existem várias Corretoras que não cobram Taxa de Administração dos investidores, de modo que existe a opção de não pagar por ela, razão pela qual também afirmamos que esta taxa pode não existir.

  1. d) Taxa de Custódia da B3 (antiga Bovespa)

Essa taxa pode ou não incidir, a regra é que exista a cobrança de 0,30% ao ano, entretanto, excepcionalmente, ela pode ser de 0% para aqueles investidores que possuam mais de R$ 1.500.000,00 em investimentos na Bolsa de Valores, mas esta não é a realidade da maioria dos brasileiros, mas denota uma situação em esta taxa não seja cobrada.

Então vamos entender o que é essa taxa e entender para que ela serve.

Após a realização de compra, os títulos não ficam na posse da sua Corretora e nem do banco, mas sim junto a B3, especificamente na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que é um departamento da B3.

Por conta desta custódia, incide a taxa de 0,30% ao ano sobre o valor total dos títulos públicos que o investidor possui, sendo que este percentual é cobrado proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título aplicado, sendo calculado até o saldo de R$ 1.5000.000,00 por conta de custódia (valor investido).

Sua cobrança acontece no caso dos chamados Eventos de Custódia, que são os seguintes:

  • Cobrada semestralmente no primeiro dia útil de janeiro e no primeiro dia útil de julho;
  • Cobrada quando do pagamento dos juros semestrais, referentes àqueles títulos que pagam cupons semestrais;
  • Cobrada quando houver o vencimento do título;
  • Cobrada quando o investidor vender o título antecipadamente.

No caso de venda antecipada, o investidor pagará esta taxa sobre um valor proporcional ao tempo em que permaneceu com o título.

Deste modo, é possível perceber que a Taxa de Custódia de 0,30% ao ano da B3 é calculada diariamente sobre o valor diário de mercado títulos (é isso mesmo, você não leu errado rs).

Nos casos em que, no semestre, a somatória da Taxa de Custódia e eventualmente a Taxa de Administração da Corretora/banco for inferior à R$ 10,00, o valor destas taxas será acumulado e será cobrado no semestre seguinte.

A B3 justifica a cobrança desta taxa no fato de que ela realiza o depósito (guarda) dos títulos para o investidor, justifica também no fato de que ela precisa manter um sistema referente à plataforma do Tesouro Direto, bem como no fato de guardar as informações e movimentações dos saldos dos investidores.

Ao contrário da Taxa de Administração, a Taxa de Custódia não possui cobrança automática, isto é, embora ela seja cobrada sobre o valor do montante investido, ela não será descontada automaticamente do investimento realizado.

Para que haja o efetivo pagamento da Taxa de Custódia, é necessário que o investidor deposite em sua Corretora ou banco, o valor relativo aos 0,30% (ou deposite o valor proporcional ao tempo em que permaneceu com os títulos), denotando um plus (valor a mais) que o investidor deve pagar.

Principais Características do IPCA+

As 10 Principais Características do IPCA+ (NTN-B Principal)

Para facilitar o estudo e compreensão sobre esse importante título do Tesouro Direto, elaboramos um resumo contendo as 10 principais características do Tesouro IPCA+.

1 – É pós fixado e ao mesmo tempo prefixado;

2 – Sua indexação ao índice inflacionário IPCA diminui os riscos destes títulos, afinal o investidor estará protegido contra a inflação;

3 – Por força da rentabilização vinculada ao IPCA, estes títulos garantem uma rentabilidade real ao investidor (se levados até o vencimento);

4 – Mantém o poder de compra do investidor, pois lhe protege contra as flutuações da inflação;

5 – Seu fluxo de pagamento é simples, possuindo uma aplicação e um resgate, ou seja, o investidor recebe tudo de uma vez (no vencimento ou no resgate antecipado);

6 – Indicado para o investidor que enxerga uma tendência de alta da inflação;

7 – Indicado para a formação do patrimônio destinado à aposentadoria, estudos dos filhos, compra da casa própria, isto é, para objetivos de médio e longo prazos;

8 – Quanto mais longo for o prazo do Tesouro IPCA+ que você investir, maior será a rentabilidade acumulada do título, caso você consiga esperar até o vencimento;

9 – A correção pelo IPCA incide sobre o montante investido no título;

10 – A taxa prefixada incide sobre o valor reajustado pela inflação, acarretando em um ganho de juros sobre juros.

Então é isso, tentamos ser o mais simples possível ao explicar sobre esse título do Tesouro Direto, mas se ficou alguma dúvida basta deixar uma mensagem que responderemos com o prazer.

Um abraço e até próxima.