Tesouro Prefixado – Aprenda Tudo Com Nosso Guia Atualizado

O Tesouro Prefixado (LTN) é o título no qual o investidor sabe, logo no momento da compra, o quanto irá rentabilizar até o vencimento da aplicação, já que ele receberá o chamado Valor de Face, que é o valor investido e mais a sua rentabilidade.

A LTN é o antigo nome deste título e significa Letra do Tesouro Nacional, cuja característica principal é a de possibilitar ao investidor o recebimento de um valor fixo na hipótese de carregar o título até a sua data de vencimento.

O que é Tesouro Prefixado LTN

O que é o Tesouro Prefixado (LTN)

Dentre todos os títulos ofertados pelo Tesouro Direto, o Tesouro Prefixado é o mais simples de ser compreendido, já que ao se adquirir esse título com uma 12% ao ano, por exemplo, ele irá rentabilizar até o final do prazo, os 12% todos os anos.

É uma espécie de aplicação que possui uma taxa fixa de remuneração (daí o nome “prefixado”), sendo que essa taxa fixa irá rentabilizar dentro de um período também prefixado.

Apesar de ter uma forma de compreensão bastante simples, ele não é o título mais conservador, já que ele sofrerá bastante oscilação no decorrer da aplicação e a sua rentabilidade só será garantida ao final do prazo do investimento.

Alguns especialistas chegam a afirmar que o Tesouro Prefixado é o título mais arriscado do Tesouro Direto, afinal ele não deve ser adquirido à qualquer momento, exigindo do investidor o conhecimento necessário para se enxergar a ocasião correta e o prazo ideal de sua compra, haja vista que a sua rentabilidade prefixada não acompanha as variações do mercado e isso pode trazer incertezas no caso de resgate antecipado.

Esse título possui um fluxo de pagamento simples, isto é, na data de vencimento ou no resgate antecipado, o investidor receberá o valor aplicado e mais a sua rentabilidade prefixada, recebendo o pagamento de uma só vez.

Para cada unidade de título adquirida, o investidor receberá (na data de vencimento) o valor bruto de R$ 1.000,00, já sabendo desde o início que o rendimento será, por exemplo, de 12% ao ano, que é a taxa de juros prefixada.

Isso acontece porque o preço e a taxa do título são definidos no momento da compra, de modo que a rentabilidade recebida pelo investidor decorre da diferença (subtração) entre o valor pago no momento da compra e o valor recebido ao final da aplicação.

Entretanto, caso decida vender antecipadamente o título, o investidor estará sujeito ao preço de mercado, o que pode ensejar uma remuneração maior ou menor do que a contratada, já que o Tesouro Nacional efetuará a recompra do título pelo preço e taxa disponíveis no momento da venda.

Mas se por outro lado, o investidor adquirir um título com uma taxa fixa de rentabilidade e, caso permaneça com o investimento até o prazo do vencimento, ele receberá exatamente o valor correspondente à taxa contratada, pouco importando as variações do mercado ao longo do prazo.

Vantagens do Tesouro Direto

Vantagens do Tesouro Prefixado (LTN)

O Tesouro Prefixado é o título mais simples de ser compreendido, bem como são simples as suas vantagens e principais características, já que através de seu fluxo de pagamento simples (não paga juros semestrais) o investidor aplica um certo montante de dinheiro, recebe de volta este valor e mais os juros que rentabilizaram no período (valor de face).

Dentre as suas vantagens podemos destacar que o investidor, antes de realizar as suas compras, já saberá especificamente qual será a rentabilidade que receberá na data de vencimento do título.

Isso se dá porque o Tesouro Prefixado garante o valor bruto de R$ 1.000,00 por unidade de título na data de vencimento, de modo que o investidor que opta por adquirir esse título, enxerga (análise de mercado) que a taxa contratada será maior que a Taxa Selic e maior que a inflação ao longo do prazo da aplicação.

Nos períodos em que a Taxa Selic se encontra em tendência de alta, bem como o índice inflacionário também sofre uma tendência de alta, torna-se pouco interessante e até mesmo contraindicado investir-se em ativos prefixados.

O motivo disso é que os ativos prefixados, justamente por permanecerem com as taxas imutáveis até o seu vencimento, podem vir a rentabilizar menos que taxa básica de juros da economia e até mesmo, rentabilizar menos que a inflação do período.

Isso já aconteceu no ano de 2015, período em que a inflação ultrapassou o patamar de 10%, fazendo com que muitos ativos prefixados rentabilizassem uma taxa menor do que o índice inflacionário. Em outras palavras, os investidores não apenas deixaram de ganhar, mas também chegaram ao ponto de perder dinheiro com tais ativos.

Vantagens do Tesouro Direto

Características do Tesouro Prefixado (LTN)

  • a) Taxa Prefixada

Por conta dessa definição prévia da taxa, o investidor sabe, desde o momento da aplicação, qual será o retorno bruto que obterá na data do vencimento do título.

Na data de 23/01/2018, no período da tarde, ou seja, no momento em que escrevemos este artigo, os dois títulos prefixados ofertados são:

– Tesouro Prefixado 2020, com taxa de 8,01% ao ano, vencimento em 01/01/2020 e preço de compra (PU) de R$ 861,64;

– Tesouro Prefixado 2023, com taxa de 9,64% ao ano, vencimento em 01/01/2023 e preço de compra (PU) de R$ 635,80.

A taxa prefixada (8,01% e 9,64%) é calculada sobre a diferença entre o preço do título hoje e o preço do título da data de vencimento, que é sempre de R$ 1.000,00.

  • b) Fluxo Simples de Pagamento

Por essa característica, o investidor realiza a compra do título e na data de vencimento, resgatará o montante que investiu e mais os juros contratados no momento da aplicação, não existindo o pagamento de cupons semestrais.

  • c) Liquidez Diária

Os títulos que o investidor possui em sua carteira podem ser vendidos para o Tesouro Nacional e essa operação de venda pode acontecer diariamente, mas ocorrerá pelo valor de mercado. Isso significa que nestes casos, o investidor poderá obter uma rentabilidade maior que a contratada ou mesmo menor do que a contratada.

Rentabilização do Tesouro Prefixado

Rentabilização do Tesouro Prefixado (LTN)

O Tesouro Prefixado (LTN) possui, talvez, o mecanismo de cálculo mais simples de todos os títulos do Tesouro Direto.

Vamos ilustrar essa sistemática através de um exemplo hipotético.

Como vimos no artigo O que é Tesouro Direto, os títulos do Tesouro Nacional são instrumentos de empréstimos destinados a custear a dívida pública federal, de modo que os investidores que compram os títulos, estão, na verdade, emprestando o seu dinheiro para a União (Governo Federal) em troca de receberem em uma data futura o montante investido e mais uma rentabilidade.

Na compra de um Tesouro Prefixado, o Governo Federal garante o pagamento de R$ 1.000,00 após o decurso de determinado prazo (36 meses, por exemplo), por cada título comprado.

Se existe essa promessa de o investidor receber R$ 1.000,00 depois de 36 meses, certamente ele deverá emprestar ao Tesouro Nacional um valor menor que estes R$ 1.000,00, para que assim ele rentabilize uma determinada quantia.

Deste modo, o que irá precificar esse valor menor é a taxa de juros contratada (taxa prefixada) na data da compra do Tesouro Prefixado.

Como já mencionamos neste artigo, no momento da compra o investidor já sabe que ao final do período ele receberá o valor bruto de R$ 1.000,00 por título adquirido e que o seu rendimento será de 12% ao ano (por exemplo), uma vez que o valor bruno final do Tesouro Prefixado e a sua rentabilidade são definidos desde o momento da compra do título.

Sendo assim, o investidor adquire um título prefixado por R$ 700,00 e após 36 meses ele receberá o valor bruto R$ 1.000,00, em razão da taxa contratada ter sido fixada no ato da compra no patamar de 12% ao ano, à título de exemplo.

Perceba que simplificamos algumas características deste título para permitir uma melhor compreensão acerca de seu mecanismo de rentabilidade.

Ainda que tenha havido essa simplificação, torna-se possível enxergar a razão pela qual uma mudança na taxa de juros contratada acarreta na mudança do preço do título, de modo que se a taxa contratada aumenta, o preço do título diminui. O contrário também se aplica, isto é, se a taxa do título diminui, seu preço aumenta.

Entenda que se o valor do título no vencimento é sempre de R$ 1.000,00 e se houver um aumento na taxa de juros, o investidor terá que pagar um valor menor (preço do título menor) para que ele obtenha uma rentabilidade maior ao final do prazo do investimento.

Se restou alguma dúvida, por favor deixe um comentário que tentaremos lhe explicar de outra maneira.

Riscos do Tesouro Prefixado

Riscos do Tesouro Prefixado (LTN)

  • 1º) Risco de Mercado

Como já salientamos, o Tesouro Prefixado é o título mais arriscado de acordo com os especialistas, pois nele existe o chamado Risco de Mercado, que é a hipótese em que o investidor pode perder dinheiro em razão de oscilações do mercado financeiro.

A rentabilidade fixa e imutável que é contratada pelo investidor somente existirá se o título for carregado até o seu vencimento, pois eventual resgate antecipado pode gerar uma rentabilidade maior do que aquela prefixada, mas por outro lado, eventual resgate antecipado tem maiores chances de gerar perdas para o investidor.

Sendo assim, o recomendado pelos especialistas de mercado é a aquisição de títulos prefixados apenas em cenários de queda da Taxa Selic e queda do índice de inflação, bem como é recomendado para aqueles investidores que podem aguardar até a data de vencimento da aplicação.

Somente com o carregamento do título até o vencimento é que o investidor terá a garantia de recebimento da rentabilidade contratada, devendo ainda observar se no período de aplicação o mercado demonstra uma queda na Taxa Selic, pois com esta queda o Tesouro Prefixado terá maiores chances de apresentar uma rentabilidade interessante.

  • 2º) Risco de Resgate Antecipado (Risco de Mercado)

Eventual resgate antecipado pode acarretar prejuízos financeiros ao investidor, principalmente quando ocorre um aumento na taxa de juros, fazendo com que os novos títulos ofertados tenham taxas mais altas do que os títulos que já fazem parte da carteira do investidor.

Imaginando-se um cenário onde investidor adquire um Tesouro Prefixado com taxa de 12% ao ano e com preço de R$ 700,00, a sua perspectiva de rentabilidade seria a de R$ 300,00. Tais cálculos destinam-se apenas a compreensão do risco de resgate antecipado.

Ocorrendo um aumento na rentabilidade destes títulos para 14% ao ano (por exemplo), os seus preços de compra necessariamente diminuiriam, fazendo com que aquele Tesouro Prefixado que antes custava R$ 700,00 passasse a custar agora R$ 600,00.

Aqueles que investiram comprando a R$ 700,00 e realizassem um resgate antecipado quando os títulos estivessem custando R$ 600,00 certamente sofreriam um prejuízo em relação a sua rentabilidade, em outras palavras, eles perderiam dinheiro em razão da diferença de preço entre o preço de compra (R$ 700,00) e o preço de venda (R$600,00).

Esse prejuízo decorrente de eventual resgate antecipado pode ser explicado da seguinte maneira.

No Tesouro Prefixado, a taxa prefixada é obtida pela diferença entre o preço de compra e o preço do título na data de vencimento, não sofrendo correção por nenhum indexador, de modo que o valor dos títulos na data de vencimento sempre será de R$ 1.000,00.

Perceba que o preço deles no momento da compra equivale a R$ 1.000,00 descontado pela taxa de compra, e por este motivo, eles sempre custarão menos de R$ 1.000,00.

Ao se aplicar a taxa de compra sobre o preço da compra, o investidor terá no final do prazo, exatamente os R$ 1.000,00.

No caso do Tesouro Prefixado, quando ocorre uma alta na taxa de rentabilidade dos títulos, os seus respectivos preços de compra diminuirão.

Na situação contrária, isto é, quando ocorre uma queda na taxa de rentabilidade dos títulos, haverá um aumento do preço de compra do título.

Perceba que surgirão riscos de perda para aqueles investidores que realizarem o resgate antecipado no momento de alta das taxas de juros, pois quando os juros aumentam, o preço do Tesouro Prefixado diminui, o que certamente acarreta em prejuízos financeiros.

O inverso também é verdade, ou seja, quando o cenário é de baixa das taxas de juros, o preço do Tesouro Prefixado aumenta, mas neste caso, poderá haver um ganho de rentabilidade para o investidor.

Sendo assim, quando a taxa de juros de mercado do título subir, fazendo com que o preço dos títulos diminua, a melhor opção para o investidor é esperar uma redução dessa taxa ou carregar o título até o vencimento.

  • 3º) Risco de Inflação

Muito embora a taxa de juros prefixada considere a inflação futura, ainda existirá o risco futuro do Tesouro Prefixado apresentar o chamado Retorno Real Negativo.

Imagine, por exemplo, que o investidor adquira em 23/01/2018 o Tesouro Prefixado 2020, com taxa de 8,01% ao ano e vencimento em 01/01/2020.

Se por acaso, a inflação de hoje até a data de vencimento do título (01/01/2010) for, por exemplo, 9,01% ao ano, o título adquirido não rentabilizará ao ponto de manter o poder aquisitivo do investidor.

Muito embora a taxa prefixada forneça um retorno nominal ao investidor, ocorrerá em verdade, uma perda financeira acarretada pelo efeito inflacionário.

  • 4º) Risco de Reinvestimento

Este risco também incide na hipótese de resgate antecipado.

O risco de reinvestimento representa o risco do investidor não conseguir reinvestir o seu dinheiro em um novo título com a mesma taxa que possuía em um título anterior (anteriormente vendido).

Vamos explicar isso com um exemplo hipotético.

O risco de reinvestimento existe para o cenário de redução da taxa de juros dos títulos e, por consequência, com o aumento do preço do título, o que pode acarretar em um ganho de rentabilidade para o investidor.

Suponha que o investidor adquira uma LTN com taxa de 12% ao ano, com preço de R$ 700,00, cujo vencimento se daria em 2020.

Imagine-se que após um 1 ano da aplicação, a taxa caia para 8% ao ano, e o valor do título aumente para R$ 900,00.

Em termos práticos, eventual venda antecipada representaria para o investidor um ganho de rentabilidade acima daqueles 12% ao ano contratados no momento da compra.

Ocorre que, esse ganho acima da taxa de juros contratada decorreu da baixa na taxa de juros (e do aumento no preço do título), de modo que o investidor, agora, não encontrará disponível na plataforma do Tesouro Direto outro Tesouro Prefixado com taxa no patamar dos 12% ao ano, encontrando apenas taxas menores do que esses 12%, o que representa o chamado risco de reinvestimento.

Além disso, o investidor também deixará de receber a taxa inicialmente prefixada (12% ao ano) pelo restante do prazo do investimento, que no exemplo, seria até o ano de 2020.

Portanto, o risco de reinvestimento é o risco do investidor não conseguir reinvestir o seu dinheiro em um novo título com a mesma taxa que possuía em um título anteriormente vendido.

  • 5º) Risco de Oportunidade

Outro risco existente no Tesouro Prefixado é aquele em que o investidor deixa de ganhar uma rentabilidade melhor.

Esse risco é aquele que incide no prazo de vencimento do título, pois em casos de títulos com vencimentos mais longos, o investidor pode se ver preso à este prazo e isso lhe acarretar não em uma perda de rentabilidade, mas sim em uma rentabilidade menor do que a de outros títulos.

É o que ocorre, por exemplo, na aquisição de um título prefixado com vencimento para 4 anos e, após 3 anos de queda da taxa básica de juros, surgir um momento de nova alta da Selic, fazendo com que o último ano de vigência do título traga uma rentabilidade mais baixa para investidor, haja vista que existirão outros títulos com rentabilidade maior.

Custos do Tesouro Prefixado

Custos do Tesouro Prefixado (LTN)

Nos investimentos do Tesouro Direto podem incidir 4 diferentes espécies de custos, de modo que 3 deles PODEM não incidir, tudo dependerá da estratégia adotada pelo investidor.

  • a) Imposto de Renda

Vamos então começar tratando do único custo que obrigatoriamente incidirá, que é o Imposto de Renda sobre o lucro dos investimentos. Esse imposto é cobrado automaticamente ao final do investimento ou quando o investidor realizar o resgate antecipado dos títulos ou mesmo, quando receber os cupons semestrais nos títulos que pagam estes cupons.

O IR incidirá apenas sobre o rendimento resultante dos títulos.

Sua alíquota (percentual) é regressiva, até 180 dias (6 meses) alíquota de 22,5%; de 181 a 360 dias (6 meses a 1 ano) alíquota de 20%; de 361 a 720 dias (1 ano a 2 anos) alíquota de 17,5%; e acima de 720 dias (mais de 2 anos) alíquota de no máximo 15%.

Você pode acompanhar essa cobrança através do extrato disponibilizado no seu Portal do Investidor.

  • b) IOF

Essa é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras e irá incidir apenas sobre o rendimento dos investimentos que perdurarem por menos de 30 dias, isto é, que perdurarem por até 29 dias. Isso significa que se o investidor mantiver o investimento por 30 dias, não haverá a cobrança deste imposto.

O IOF incidirá apenas sobre o rendimento resultante dos títulos.

Sua alíquota varia de 96% a 3% sobre o valor do rendimento dos títulos, ou seja, a alíquota do IOF varia de 96% para o prazo de 1 dia, até 3% para o prazo de 29 dias. No 30º dia este imposto deixa de ser cobrado.

Por esse motivo, afirmamos que a cobrança do IOF pode não ocorrer, caso o investidor adote uma estratégia que mantenha o título por período superior a 29 dias.

  • c) Taxa de Administração

A Taxa de Administração é um valor cobrado pelas Corretoras ou pelos bancos que realizam a intermediação de compra e venda dos títulos públicos. Essa taxa pode ser livremente cobrada por essas instituições e, atualmente, varia entre 0% a 2%, ou seja, algumas Corretoras não cobram essa taxa.

Atente-se, pois a Taxa de Administração eventualmente cobrada incide sobre o valor total investido.

Ela é cobrada automaticamente no momento em que o investidor realiza a compra dos títulos e incide sobre o valor de mercado do título (valor do título no momento da compra).

O percentual de 0,1% até 2% (cobrado pela instituição) incide no valor relativo à 1 ano de investimento. Deste modo, essa Taxa de Administração será cobrada novamente após decorrido 1 ano da aplicação realizada, bem como será cobrada na ocorrência de algum dos seguintes eventos:

  1.  Venda antecipada do título;
  2.  Vencimento do título;
  3.  Pagamento do cupom semestral.

Para efetuar o cálculo da Taxa de Administração, deve-se utilizar o valor diário de mercado do título, mas explicaremos melhor essa sistemática no tópico seguinte sobre a Taxa de Custódia da B3, pois a sistemática destas duas taxas é praticamente a mesma.

A única diferença no cálculo da Taxa de Administração e da Taxa de Custódia, é a de que a Taxa de Administração é cobrada automaticamente de maneira antecipada no momento da aplicação e incide sobre o valor de compra do título.

Como pode ser percebido através do site do Tesouro Direto, existem várias Corretoras que não cobram Taxa de Administração dos investidores, de modo que existe a opção de não pagar por ela, razão pela qual também afirmamos que esta taxa pode não existir.

  • d) Taxa de Custódia da B3 (antiga Bovespa)

Essa taxa pode ou não incidir, a regra é que exista a cobrança de 0,30% ao ano, entretanto, excepcionalmente, ela pode ser de 0% para aqueles investidores que possuam mais de R$ 1.500.000,00 em investimentos na Bolsa de Valores, mas esta não é a realidade da maioria dos brasileiros, mas denota uma situação em esta taxa não seja cobrada.

Então vamos entender o que é essa taxa e entender para que ela serve.

Após a realização de compra, os títulos não ficam na posse da sua Corretora e nem do banco, mas sim junto a B3, especificamente na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que é um departamento da B3.

Por conta desta custódia, incide a taxa de 0,30% ao ano sobre o valor total dos títulos públicos que o investidor possui, sendo que este percentual é cobrado proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título aplicado, sendo calculado até o saldo de R$ 1.5000.000,00 por conta de custódia (valor investido).

Sua cobrança acontece no caso dos chamados Eventos de Custódia, que são os seguintes:

  1. Cobrada semestralmente no primeiro dia útil de janeiro e no primeiro dia útil de julho;
  2. Cobrada quando do pagamento dos juros semestrais, referentes àqueles títulos que pagam cupons semestrais;
  3. Cobrada quando houver o vencimento do título;
  4. Cobrada quando o investidor vender o título antecipadamente.

No caso de venda antecipada, o investidor pagará esta taxa sobre um valor proporcional ao tempo em que permaneceu com o título.

Deste modo, é possível perceber que a Taxa de Custódia de 0,30% ao ano da B3 é calculada diariamente sobre o valor diário de mercado títulos (é isso mesmo, você não leu errado rs).

Nos casos em que, no semestre, a somatória da Taxa de Custódia e eventualmente a Taxa de Administração da Corretora/banco for inferior à R$ 10,00, o valor destas taxas será acumulado e será cobrado no semestre seguinte.

A B3 justifica a cobrança desta taxa no fato de que ela realiza o depósito (guarda) dos títulos para o investidor, justifica também no fato de que ela precisa manter um sistema referente à plataforma do Tesouro Direto, bem como no fato de guardar as informações e movimentações dos saldos dos investidores.

Ao contrário da Taxa de Administração, a Taxa de Custódia não possui cobrança automática, isto é, embora ela seja cobrada sobre o valor do montante investido, ela não será descontada automaticamente do investimento realizado.

Para que haja o efetivo pagamento da Taxa de Custódia, é necessário que o investidor deposite em sua Corretora ou banco, o valor relativo aos 0,30% (ou deposite o valor proporcional ao tempo em que permaneceu com os títulos), denotando um plus (valor a mais) que o investidor deve pagar.

Dicas essenciais sobre o Tesouro Prefixado

As 5 Dicas Essenciais Sobre o Tesouro Prefixado (LTN)

Antes de investir no Tesouro Prefixado, tenha em mente que existirão todos os riscos que elencamos anteriormente no tópico sobre os riscos, de modo que torna-se muito prudente realizar alguns procedimentos de cautela, os quais estão listados abaixo.

  • 1ª) Não invista no Tesouro Prefixado sem antes construir a sua reserva de emergência, isto é, tenha um montante equivalente a 6 meses ou 1 ano de sua renda mensal aplicado no Tesouro Selic (título mais conservador do mercado) para garantir a manutenção do seu padrão de vida em períodos de imprevisibilidade;
  • 2ª) Não espere obter uma alta rentabilidade com o Tesouro Prefixado no curto prazo;
  • 3ª) Se você não tiver certeza que pode esperar até o prazo de vencimento, não compre o Tesouro Prefixado;
  • 4ª) Alinhe a compra deste título com os seus objetivos financeiros, de curto, médio e longo prazos (essa dica é óbvia, mas vale aqui ressaltar);
  • 5ª) Se em algum momento, após a compra do Tesouro Prefixado, as taxas de juros subirem (e os preços caírem), faça todo o possível para mantê-los em sua carteira, evitando-se a perda desnecessária de dinheiro.

Então é isso, caso tenha restado alguma dúvida, por favor deixe um comentário abaixo que responderemos o mais breve possível.

Se não ficou dúvida nenhuma, deixe também uma mensagem dizendo o que achou do nosso artigo.

Um abraço e até próxima.